segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Desapego


Vontande imensa de sorrir, não com os lábios mas com a alma, com o coração e o resto todo
Desejo de ficar bonita para ninguém há não ser para mim mesma
Nada de maquiagem, ponho o cabelo preso num coque despojado
Toco os pés no chão, e sinto o friozinho que vem dele
Tenho vontade de deitar para esfriar o corpo e esvaziar a mente
Hoje eu to meio assim, calmaria, em paz comigo
Com as coisas mas simples me conquistando
Coisas, nada de homens com suas promessas falsas
Apenas sentir alegria por nada, por tudo,
Por existir, pelas lembranças boas, pela bagunça do meu quarto, tão meu, tão eu
Que me relembra que não preciso de coisas velhas para ser feliz

Então dedico todo o meu tempo a essa limpeza
Roupas velhas, que eu gostava, mas que não me servem mais
Sapatos gastos e amores fracassados
Vão parar no lixo do meu quarto desorganizado
Ficaram velhos, apertados, inutilizidados
Apenas tumultuando um lugar
Que não cabe nada além do que me faz bem
E os espaços vazios? esse é para as coisa boas que hão de vir...

Gaby Dantas

2 comentários:

  1. O 'mal me quer' desses desamores desalinhados,
    sempre nos trás o ar da renovação,
    primeiro a interna, depois a externa
    E aí, percebemos que de nada valeu a pena
    Dar a eles, tanta dedicação.
    Amar-se primeiramente,
    faz eles rastejarem ao chão.

    E como você se ama,
    se não rastejam (ainda)
    é porque diferente de homens
    são meninos.

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