sábado, 27 de outubro de 2012



Rabisco uns trechos soltos, nada de interessante
onde foram parar as palavras que  me completam? 
o  vento as levou para aonde?
Ou quem sabe elas estão obscuras em algum lugar dentro de mim
e com o dia-a-dia faço-me despercebida de como elas ainda estão aqui
Uso a desculpa da rotina
como consumidora de todo o meu tempo
tempo, o grande problema da sociedade
ninguém o tem.
livros, trabalho, academia,dança
tudo tão mecanicamente monótomo e extensivamente cansativo
  e os amores? Onde eles ficam?
Em uma noite de festa?
É preciso redescobrir a ideia de se apaixonar
aprender ao menos a saber primeiro  o nome antes de beijar
Não é a esses amores fugares que eu vivo e aprecio
esse tipo de "amor" é mais veloz que o tempo da pronuncia desse pequeno substantivo
  Então, sigo nessa solidão as vezes apreciada as vezes reprimida
festas, amigos, meninos, bebidas
acho que estou me cansando disto...
 Poder ser mero momento de querer ficar na inércia
ou algum capricho da minha inconstância
Porém, um querer interno se manifesta
Quero chuva e abraços num domingo a tarde
Quero sorvetinho nas sextas e cineminha aos sábados
Quero que meus textos voltem a minha mente
Com a euforia inicial de quem se apaixona
ou a dor fatal da desilusão
Mas eu quero sentir, algo profundo, sucinto ou longo
Algo que faça o coração debulhar
de felicidade ou tristeza
comprovando a existência de alguma vida
que ainda exista em mim.


Gaby Dantas